Em um dia como o de hoje em 13/005/1888 era assinada a Lei Áurea que pôs
fim a escravidão negra no Brasil. Entretanto a Lei Áurea que pôs fim “em
definitivo” não removeu as manchas de suor e sangue de mais de 300 anos de
escravatura no Brasil. No dia em que os portões das fazendas se abriram,
parecia um sonho, centenas de homens e mulheres enchiam-se de esperança, pois
até então nunca haviam experimentado a liberdade, em um alvorecer de um novo
tempo cantava-se a viva a liberdade. O sonho que alimentava a esperança
daqueles homens e mulheres que acabara de serem libertos, aos poucos começara a
se dissipar, pois o país estava desprovido de políticas públicas que garantisse
a inserção do negro em um novo contexto sócio econômico e cultural. Como
garantir a liberdade a uma raça? Se milhares de homens “livres”
apenas trocaram as senzalas pelos cortiços e favelas, que deixaram
a árdua jornada de trabalho nas lavoras de café, cana-de-açúcar e algodão para
enfrentar a sina do desemprego e falta de oportunidades. Como ser livres? Se
para cada negro que galga seu espaço no mercado de trabalho e/ou conquista uma
vaga na tão sonhada universidade milhares vagam no mais completo e
silêncio abando por parte do estado. São 125 anos da “liberdade negra no
Brasil”, porém, não há tantos motivos para se comemorar, no raiar de um
novo amanhecer faz-se necessário que o governo institua urgentemente políticas
que mudem a realidade sócio econômico e cultural da raça que sob fardos pesados
e munidos com enxadas, terçados e foices ajudaram a construir o Brasil.
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