segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cento e vinte e cinco anos da abolição da escravidão, somos livres?




Em um dia como o de hoje em 13/005/1888 era assinada a Lei Áurea que pôs fim a escravidão negra no Brasil. Entretanto a Lei Áurea que pôs fim “em definitivo” não removeu as manchas de suor e sangue de mais de 300 anos de escravatura no Brasil. No dia em que os portões das fazendas se abriram, parecia um sonho, centenas de homens e mulheres enchiam-se de esperança, pois até então nunca haviam experimentado a liberdade, em um alvorecer de um novo tempo cantava-se a viva a liberdade. O sonho que alimentava a esperança daqueles homens e mulheres que acabara de serem libertos, aos poucos começara a se dissipar, pois o país estava desprovido de políticas públicas que garantisse a inserção do negro em um novo contexto sócio econômico e cultural. Como garantir a liberdade a uma raça? Se milhares de homens “livres” apenas trocaram as senzalas pelos cortiços e favelas, que deixaram a árdua jornada de trabalho nas lavoras de café, cana-de-açúcar e algodão para enfrentar a sina do desemprego e falta de oportunidades. Como ser livres? Se para cada negro que galga seu espaço no mercado de trabalho e/ou conquista uma vaga na tão sonhada universidade milhares vagam no mais completo e silêncio abando por parte do estado. São 125 anos da “liberdade negra no Brasil”, porém, não há tantos motivos para se comemorar, no raiar de um novo amanhecer faz-se necessário que o governo institua urgentemente políticas que mudem a realidade sócio econômico e cultural da raça que sob fardos pesados e munidos com enxadas, terçados e foices ajudaram a construir o Brasil

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